A marca mais inclusiva?

A marca Good American, fundada por Khloe Kardashian e Emma Grade, em 2016, que iniciou no segmento denim e depois se aprofundou para vestuário feminino, ficou muito famosa nos Estados Unidos por confeccionar calças com um tamanho a mais da tabela tradicional, o 49, e, por esse motivo, é considerada uma das marcas mais inclusivas do mercado estadunidense, a começar do tamanho 0 (34BR) e ter produtos até o tamanho 15 (49BR). 

Ademais, uma das razões para a prosperidade da marca é o fato das co-criadoras, Khloe Kardashian, ter uma base leal de fãs devido ao reality que ela participa, o Keeping Up With The Kardashians, em que esses admiradores se identificam com Khloe devido aos comentários maldosos que ela sofreu ao longo dos anos pela mídia com o seu peso. Por isso, com o lançamento da marca, suas seguidores se interessaram e compraram suas peças.

Entretanto, esse não foi o único motivo do sucesso da companhia, outrossim foi a nova demanda do mercado da moda, que desde a criação da marca, de acordo com. A EDITED, uma empresa de inteligência, o  mercado plus size, cresceu cerca de 11 pontos, assim mostra como os consumidores do mercado de vestuário, prezam muito pela diversidade. Um exemplo disso, é a Fenty, que vem fazendo muito sucesso, devido a sua abrangência de todos os tamanhos e homenageando a diversidade, colocando ela como norteadora.   

Atualmente, os consumidores acabam preferindo por corporações que promovem a diversidade, às que prezam ainda por padrões de roupas menores e excludentes. Nos dias atuais, as entidades de vestuários de numeração restrita são deixadas de lado pelos consumidores e perdem seu poder no mercado, e caem na sua relevância, como a empresa Victoria’s Secrets, que sofreu muitas críticas por promover desfiles e roupas extremamente pequenas. 

Por fim, a missão de uma das co-criadoras da marca, Khloe Kardashian, era que todas as mulheres se sentissem incluídas no momento que fossem realizar compras de  roupas, ou seja, gostaria que sua marca de roupas tivesse a maior representatividade possível. Ademais, esse sentimento é decorrente da vida pessoal da Kardashian, que, durante sua vida, sofreu inúmeras críticas e nunca se sentiu confortável na indústria da moda.  Assim, as consumidoras tornaram-se leais à marca, por se sentirem representadas e incluídas, o que acaba por refletir nas vendas no primeiro dia, pois a Good American faturou cerca de 1 milhão somente em denim

Pode-se concluir que, a exposição vinda do reality show foi necessária para o sucesso da marca e exteriorização de suas peças, mas  também a mudança que vem ocorrendo no mercado fashion, mesmo que sejam lentas, as mulheres devem se lembrar que a cada compra sua tem um impacto significativo. 


Escrito por: Laís Moura.

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