Desde as sociedades mais antigas, a mulher era um ser com finalidade específica, destinada à procriação, ao lar, e existir para servir ao outro, principalmente ao homem, diretamente associadas a um papel de submissão. Durante o século XVII, movimentos feministas, os quais são explicados como movimentos sociais, políticos e econômicos que tem o objetivo de discutir e batalhar por direitos das mulheres em detrimento da opressão social, aos poucos, ganharam espaço dentro da sociedade.
Assim, conquistou-se diversos direitos que antes eram inimagináveis ser concedidos às mulheres, como o voto, o direito de estudar, de trabalhar, entre muitos outros. Neste cenário, tais direitos, em específico os trabalhistas, foram implementados de maneira tardia e como consequência desenvolveu-se um contexto de maiores dificuldades para que eles fossem alcançados.
O cenário social atual registra crescimento significativo no número da figura feminina dentro das empresas. Confirmado pelo Ministério do Trabalho no Brasil, dados apontam o crescimento da ocupação feminina em postos formais de trabalho de 32,7% nos anos 2000 para 44% em 2016, isso evidencia a conquista resultante da busca de espaço no mercado que vem acontecendo durante os séculos.
Nos últimos anos, muitas organizações têm acompanhado as estatísticas e os resultados de tais pesquisas sociais mostrando crescente ocupação de espaços e cargos por mulheres dentro das empresas. Os dados, de maneira geral, podem ser considerados positivos comparando-os de maneira histórica.
Acompanhar o crescimento da liderança feminina nas empresas também conscientiza a população da importância desse feito. Pesquisas apontam a notável mudança que um ambiente diverso, com homens e mulheres em quantidade bem distribuída, permite diferentes perspectivas sociais, contribuindo para decisões mais justas dentro das organizações.
A ocupação desses cargos pelas mulheres é uma forma de representatividade. Ao se possuir líderes dentro da sociedade, cria-se um cenário de referência para outras mulheres, afetando diretamente na autoconfiança e autoestima de tais. Segundo uma pesquisa feita pela Natura 64,8% das participantes afirmam ser inspirador ver figuras femininas em cenários sociais, afirmando acreditar que a representatividade é um dos tópicos mais importantes. (NATURA, 2020)
Com esses dados, é possível afirmar que o empoderamento causado pela tal representatividade se desenvolve um ambiente que faz com que as meninas e mulheres passem a acreditar mais em si mesmas e em seu potencial criando sociedade que forneça à ela o espaço necessário para crescimento profissional, e também se tornarem líderes. A abordagem de tal tema nas empresas e mídias sociais não só inspiram mas, também, podem conscientizam. Como resultado temos um perspectiva cada vez mais igualitária no mercado de trabalho e em todos os ângulos da sociedade.
Texto por: Marcela Navarro