Os Jogos Olímpicos de 2024 ocorrerão em Paris, na França, e terão início no mês de julho. Sob esta ótica, é tradição que cada país realize o lançamento de linhas de roupa exclusivas para os atletas, que compõem o traje para a abertura do evento e o uniforme para a duração deste. Neste sentido, marcas e es tilistas famosos ficam encarregados dos designs e produção das roupas. Com base no anteposto, a Riachuelo e a Havaianas ficaram encarregadas pela vestimenta utilizada pelo Brasil na abertura das Olimpíadas. Sendo assim, o traje tem cores que fazem alusão à bandeira do país, além de ser caracterizado majoritariamente pelo chinelo e por uma jaqueta jeans, com a palavra “Brasil” escrita e desenhos que representam a fauna e a flora brasileira bordados na parte traseira, feitos por artesãos do Rio Grande do Norte. Nesse cenário, as marcas encarregadas pelo design alegaram que visaram a moda sustentável, além de oferecer aos atletas conforto e elegância.
Entretanto, estas empresas foram muito criticadas pelos brasileiros, principalmente nas redes sociais, quando comparadas aos vestuários dos atletas de outros países. Sendo assim, foram recebidas críticas como “as roupas não mostram magnitude da cultura do país”, “poderíamos ter feito muito mais”, “essas roupas fazem alusão à pobreza do país, e não à riqueza da cultura”, entre outros.
Nesta perspectiva, segundo internautas, as marcas escolhidas para representar um momento tão importante e especial para o país poderiam ter explorado mais a fundo como atuar de forma estratégica. Desta forma, seria interessante compor um “look” que condissesse com os de outros países, visando a elegância e a cultura da nação. Sob esta ótica, retratar de forma mais clara a riqueza do Brasil, ao dar mais ênfase nas cores da bandeira, na fauna e flora, e nos povos indígenas, que estiveram presentes na história do país desde o início, seria mais assertivo para estabelecer um marketing efetivo das marcas, justamente por criarem um olhar positivo por parte do povo.
Concluindo, a Riachuelo e a Havaianas tiveram várias oportunidades para usar a abertura das Olimpíadas a seu favor, intensificando o marketing e solidificando a marca no Brasil. No entanto, de acordo com o feedback do público, essas oportunidades não foram plenamente aproveitadas e agora, as empresas enfrentam críticas e opiniões que sugerem que talvez não tenham conseguido captar totalmente a essência e a cultura brasileira, além de não representarem o país de forma adequada aos olhos de algumas pessoas.
Texto por: Giuliana D’Ottaviano
