A ética por trás da Black Friday

A Black Friday é uma data originada do calendário promocional americano que foi adotada no calendário brasileiro em 2010. O dia acontece no final do mês de novembro e consiste em uma oferta especial, com tempo limitado de duração. Ocorre anualmente após o Dia de Ação de Graças (feriado nos Estados Unidos que marca a ceia de comemoração pós colheita que os nativos americanos tiveram com os colonizadores) e se popularizou por volta de 1980, mas desde 1869 já havia acionistas em Wall Street utilizando esse termo em uma situação onde eles fizeram a compra de grande quantidade de ouro e tinham a intenção de vender ele por um preço bem maior, porém em uma sexta-feira, o mercado de ouro quebrou e com isso, seus planos se tornaram inviáveis.

Esse evento é uma ação de promoção de vendas persuasivas, isto é, tem como objetivo alavancar as vendas das empresas e consequentemente, gerar renda. Durante a Black Friday, as marcas tem como principal objetivo estimular e incentivar a compra, na maioria das vezes com o principal intuito de realizar queimas de estoque. Para isso, utilizam diversos instrumentos como liquidação, altos descontos, bonificação (como compre um leve outro) e cuponagens.

A implementação da Black Friday no Brasil, veio com a mesma finalidade da original dos EUA, porém, aqui, a aplicabilidade teve infrações e práticas antiéticas, o que gerou apelidos nacionais como “Black Fraude”. As práticas negativas observadas iam desde estratégias de marketing persuasivas, até o aumento do preço de produtos pré liquidação semanas antes e voltando ao preço inicial durante a Black Friday, para que o consumidor fosse enganado sobre uma possível liquidação e diminuição de preço. Fundamentava-se nas marcas aumentando o preço dos produtos semanas antes e voltando ao preço inicial durante a Black Friday alegando estar com preço promocional e com descontos.

As empresas estabelecem valores que devem que ser praticados, além de terem que respeitar os consumidores a fim de manter a ética. Observamos outro cenário que ocorre quando o produto está com preço realmente menor, porém conta com um frete excessivo. Em situações como essas, as marcas desrespeitam a integridade dos demandantes, podendo perder confiança e tendo a imagem da empresa prejudicada. Além disso, as empresas estabelecem valores que devem que ser praticados de maneira que respeitem os consumidores e mantenham a ética.

Na época em que vivemos, as pessoas costumam flagrar esse tipo de acontecimento e reportar para mídia e com uma simples publicação, a empresa denunciada poderá perder credibilidade e muitos consumidores. O melhor caminho para as empresas seguirem é manter a ética e colocar em prática seus valores. Ademais, na perspectiva do consumidor, é de grande importância se atentar aos preços e em caso de fraude, denunciar para o Procon, Reclame Aqui ou outro veículo de ajuda ao consumidor.

Texto por: Sophia Magarian

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